Seca afeta 22% da bacia amazônica apesar das cheias

AGÊNCIA BRASIL //
Apesar das cheias que atingem os rios do Norte do país, a seca persiste em mais de 22% do território nacional pertencente à bacia hidrográfica amazônica. As informações foram publicadas nesta semana pelo Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Esse aparente contraste acontece porque a elevação do nível dos rios amazônicos é consequência das chuvas nas cabeceiras da bacia, especialmente no Peru e na Colômbia. Por isso, as populações das áreas mais baixas enfrentam a falta de chuvas ao mesmo tempo que são ainda impactadas pelas inundações.
Apesar das nove calhas de rios do Amazonas estarem em processo de vazante, mais de meio milhão de pessoas sofrem as consequências das cheias nos últimos meses e 42 cidades estão em situação de emergência.
No mês de junho, a estiagem recuou no Amazonas, norte de Rondônia e sul do Tocantins. Por outro lado, devido às chuvas abaixo da normalidade, houve surgimento de seca fraca no leste do Pará. O Monitor de Secas vem apontando o enfraquecimento da seca desde fevereiro, quando as chuvas passaram a ocorrer com maior regularidade na Região Norte.
A seca considerada grave atinge atualmente apenas a Região Nordeste, especialmente no norte da Bahia e centro de Pernambuco.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas acima da média melhoram os indicadores. No Sul, a escassez de água em sua forma grave deixou de ser registrada e houve recuo de até duas categorias, deixando o sul do Paraná, oeste de Santa Catarina e quase todo o Rio Grande do Sul sem seca relativa.