O resgate de aves silvestres tem liderado as apreensões realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Paraíba. A prática da captura e do comércio ilegal de animais, ainda muito presente no estado, continua sendo uma das principais preocupações dos órgãos de fiscalização ambiental.
Segundo dados do Ibama, grande parte das ocorrências envolve espécies da fauna nordestina, como papa-capim, canário-da-terra, azulão e sabiá. Esses animais são frequentemente encontrados em feiras livres, residências e pontos de comércio clandestino, onde são mantidos em gaiolas de forma irregular. A retirada da natureza compromete o equilíbrio ecológico e ameaça a sobrevivência de espécies que já enfrentam risco de extinção.
Além do resgate das aves, as ações do Ibama também têm resultado na apreensão de outros animais, como répteis e mamíferos. No entanto, o volume de casos envolvendo pássaros é consideravelmente maior. Após a apreensão, os animais passam por triagem veterinária e são encaminhados para centros de reabilitação, com o objetivo de retornarem ao seu habitat natural.
O órgão reforça que o tráfico de animais silvestres é crime ambiental, previsto na Lei nº 9.605/98, com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa. Denúncias podem ser feitas pela população por meio da Linha Verde do Ibama ou junto à Polícia Ambiental.
Especialistas alertam que a conscientização da sociedade é fundamental para reduzir esse tipo de crime. O hábito de manter aves em cativeiro, culturalmente enraizado em várias regiões, precisa dar lugar ao respeito pela preservação da biodiversidade.
