O Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira (19), por meio do Boletim Macrofiscal, uma revisão nas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025. A nova projeção indica uma alta de 2,4%, ligeiramente superior à previsão anterior, que era de 2,3%. Para 2026, a expectativa é de um avanço de 2,5% na atividade econômica.
Apesar do otimismo do governo, o cenário inflacionário continua desafiador. O mesmo boletim aponta que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2025 em 5,0%, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central é de 3,0%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o teto aceitável seria de 4,5%.
Na avaliação do Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central com contribuições do mercado financeiro, as previsões são ainda mais cautelosas. A estimativa para o crescimento do PIB em 2025 é de apenas 2,0%, enquanto a inflação deve fechar o ano em 5,5%, sinalizando maior preocupação dos agentes financeiros com o controle de preços.
Os índices de inflação são fundamentais para medir o poder de compra da população e o custo de vida. Em termos práticos, uma inflação de 10% significa que um produto que custava R$ 100 passa a valer R$ 110, refletindo diretamente no orçamento dos consumidores.
As divergências entre as projeções do governo e do mercado revelam uma disputa de expectativas quanto à evolução da economia brasileira, que segue pressionada por fatores internos e externos. O desempenho futuro dependerá da condução da política fiscal, do controle inflacionário e da confiança dos investidores nos rumos da economia.
