Ednaldo Rodrigues desiste de retornar à presidência da CBF

O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, decidiu desistir do recurso que contestava sua destituição do cargo, ocorrida no início de 2025. A manifestação oficial foi enviada nesta segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF), endereçada ao ministro Gilmar Mendes, relator das ações que tratam do comando da entidade.
No documento, Rodrigues solicita a anulação da petição anterior que questionava a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, responsável por determinar seu afastamento. Segundo os advogados, a decisão foi motivada pelo “profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro”.
A defesa de Rodrigues argumentou que ele foi alvo de acusações injustas, que teriam sido “orquestradas e coordenadas por diversos grupos” contrários às mudanças promovidas durante sua gestão, especialmente no que diz respeito à transparência e governança na CBF. Também alegaram perseguição pessoal e ataques movidos por “movimentos de exclusão política” e por resistências estruturais ao fato de um “nordestino negro ocupar o cargo mais alto do futebol nacional”.
A destituição de Ednaldo foi determinada no último dia 15 de maio, após questionamentos sobre a autenticidade de uma assinatura em um acordo homologado pelo STF que o mantinha no cargo. Após o afastamento, Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, foi nomeado interventor e convocou novas eleições para o comando da CBF, marcadas para o próximo domingo (25).
Até o momento, apenas uma chapa foi registrada, liderada por Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol, que deve ser confirmado como o novo presidente da CBF.
Rodrigues afirmou ao Supremo que não está concorrendo nem apoiando qualquer candidatura no pleito convocado. Em sua manifestação, desejou “boa sorte” a quem assumirá a gestão do futebol brasileiro nos próximos anos.