Campina Grande

Vítimas de quedas superam acidentes de moto no Trauma de Campina Grande

O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande registrou 12.546 atendimentos a vítimas de quedas entre janeiro e o início de agosto de 2025. O número representa quase o dobro dos casos de acidentes envolvendo motociclistas, que somaram 6.453 ocorrências no mesmo período.

De acordo com o gerente médico da unidade, Igor Rodrigues, as quedas são mais comuns entre idosos e acontecem, principalmente, em atividades domésticas e esportivas. “A estrutura muscular do idoso naturalmente tende a perder força com o tempo, dificultando caminhar, se apoiar e aumentando o risco de quedas. Associado a outros fatores, como problemas cardíacos e de mobilidade, a vulnerabilidade cresce”, explicou.

Casos recentes mostram o impacto do problema. A funcionária pública Maria do Carmo, de 65 anos, sofreu duas fraturas no braço após uma queda e precisou de meses de recuperação em casa. Já a aposentada Isaura Araújo, de 89 anos, fraturou o fêmur ao cair dentro de casa e teve de passar por cirurgia.

A geriatra Ana Luiza Figueirôa alerta para a importância da prevenção. Para idosos com dificuldades de locomoção, a recomendação é adaptar os ambientes com barras de apoio, pisos antiderrapantes, boa iluminação e uso de calçados fechados. Já para os que ainda são independentes, a prática regular de exercícios físicos é considerada essencial. “Atividades voltadas para força e equilíbrio são grandes protetores contra quedas”, reforça.

O cenário acende um alerta para familiares e cuidadores, reforçando a necessidade de atenção preventiva e acompanhamento médico para reduzir o impacto desse tipo de acidente, que hoje já supera em números até os tradicionais casos de acidentes de moto na região.

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