Comércio de Campina Grande sofre apagão de vendas após São João, mesmo com campanha de liquidação

O tradicional desaquecimento do comércio de Campina Grande no período pós-São João voltou a preocupar empresários e autoridades. Mesmo com a campanha “Liquida Campina” em andamento e ações pontuais da gestão municipal e estadual, o centro da cidade registrou um movimento fraco no mês de julho.
Historicamente, os meses de julho e agosto representam um desafio para os comerciantes locais. Após mais de 30 dias de festas intensas, os consumidores enfrentam restrições financeiras, o que impacta diretamente o volume de vendas. Em 2025, o cenário foi ainda mais crítico, caracterizado por um verdadeiro “apagão” na movimentação do comércio.
A Prefeitura de Campina Grande tentou amenizar os efeitos do desaquecimento ao liberar tarifa zero no transporte público em duas datas do mês, incentivando o deslocamento da população ao centro. Além disso, uma edição extra do tradicional sábado de liquidação foi autorizada pelo prefeito Bruno Cunha Lima, buscando impulsionar as vendas.
O Governo do Estado também interveio, lançando um programa de renegociação fiscal (Refis) para aliviar a carga tributária dos comerciantes. No entanto, as ações não surtiram o efeito esperado: o centro da cidade seguiu com baixo fluxo de consumidores, refletindo uma frustração generalizada entre os lojistas.
Especialistas apontam que a campanha “Liquida Campina” enfrenta um desgaste por falta de inovação e atratividade. Com poucas promoções realmente chamativas e estratégias de marketing pouco eficazes, o evento não tem conseguido mobilizar o público como em anos anteriores.
Diante do quadro, cresce a pressão para que o setor varejista repense seu planejamento, buscando alternativas mais eficazes para garantir estabilidade nas vendas durante os períodos críticos do calendário comercial.